Prévia da temporada 2013: Dallas Cowboys
Estádio: AT&T Stadium
Dono: Jerry Jones
Títulos de Super Bowl: Cinco, conquistados em 1971, 1977, 1992, 1993 e 1995
Posição em 2012: (8 – 8) terceiro colocado na NFC East
Técnico: Jason Garret
A estrela: Tony Romo
Quem pode surpreender: Sean Lee
Plantel do Dallas Cowboys
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Quarterbacks
Running backs
Wide receivers
Tight ends
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Offensive linemen
Defensive linemen
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Linebackers
Defensive backs
Special teams
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Uma análise fria dos números de 2012 coloca Romo entre os melhores QBs da liga, ele lançou 4,903 jardas e 28 touchdowns, com um rating de 90,5. Muitos irão retrucar que o desempenho dele piora no final das partidas e na reta final da temporada, o que pelo menos no ano passado também não foi verdade. Entre as semanas 12 e 16, Romo lançou 11 TDs e apenas três interceptações, com uma média de 353 jardas por partida. O Problema foi que os Cowboys ficaram 3-2 no período. Em uma das derrotas, para os Saints na semana 16, Romo lançou 416 jardas, quatro touchdowns e nenhum turnover. Sabiam que ele foi o QB que mais lançou TDs no último quarto ano passado?
O problema dele é falhar em situações críticas, em termos populares: amarelar na hora da onça beber água. Tudo que os Cowboys tinham que fazer para chegar à pós-temporada era vencer o Washington Redskins na semana 17, foi nesse jogo que Tony Romo jogou muito mal: 20 de 37 passes completados, 218 jardas, dois touchdowns e três interceptações. Talento ele já mostrou que possui, a questão para um final diferente em 2013 é muito mais psicológica que técnica.
Romo também não vem sendo protegido como deveria, a falta de talento no miolo da linha ofensiva já é um problema crônico em Dallas. Tanto que o time gastou primeira escolha no draft deste ano no center Travis Frederick, jogador cotado para ser draftado na terceira rodada. Ele deve melhorar um pouco a linha, pois pior do que estava é impossível ficar. A perspectiva é de mais um ano de Tony Romo lutando para ficar em pé, pois a base da OL foi mantida. Os guards Mackenzy Bernadeau e Nate Livings, que permitiram 13 sacks ano passado, serão titulares, assim como o RT Doug Free que permitiu 6 sacks e cometeu ridículas 12 penalidades. Free terá que disputar a posição com Demetress Bell, que também não é grande coisa.

Se no ataque não houve muitas mudanças, não se pode falar o mesmo da defesa. A principal delas é a saída do coordenador defensivo Rob Ryan e a chegada do lendário Monte Kiffin, pai do famoso esquema “Tampa 2”. Acontece que a base dessa formação é 4-3, portanto, ao contrário de outros times, a equipe terá que fazer a transição do 3-4 para o 4-3.

A secundária terá um pouco mais de trabalho para se adaptar ao “Tampa 2”, principalmente os cornerbacks. Brandon Carr e Morris Claiborne, jogadores famosos por atuarem em coberturas homem a homem, terão que mudar para coberturas por zona press-coverage, ou seja, pressionar os recebedores na linha de scrimmage. Os safeties também são problema, mas não por adaptação ao esquema, mas porque eles são ruins mesmo. Barry Church e Will Allen devem ser os titulares: o primeiro está voltando de uma lesão séria no tendão de Aquiles, já Allen não tem talento para ser titular na NFL. Pode ser que o calouro de terceira rodada J.J. Wilcox roube uma das vagas, não precisa de muito.
Previsão NFL Brasil: Apesar dos pesares, é muito difícil esperar algo grandioso desse atual elenco. O Dallas Cowboys é um time talentoso, mas os safeties e a linha ofensiva impedem colocar essa equipe como candidata a pós-temporada. Como a NFC East é sempre uma incógnita, não descarto a possibilidade, mas não vejo os Cowboys vencendo mais que oito partidas.
Matheus Filippi é editor do @NFLBrasil.
Olho no Ron Leary OG, ele deve ganhar a vaga do Livings como LG titular!
Gostei da ´pré-temporada do Wilcox… deve ser titular, vamos ver como ele vai se desenvolver no decorrer da temporada.